quinta-feira, 22 de março de 2012

Brasil realiza primeira cirurgia robotizada

    
 Foto: Caio Guatelli/Folha Imagem
 
Quem diria que o homem um dia poderia construir máquinas que os substituíssem! Ainda mais na área cirúrgica. E essa grande evolução também alcançou o Brasil: o hospital Albert Einstein realizou em 2010 uma cirurgia cardíaca totalmente robotizada. Este foi o primeiro procedimento do gênero que ocorreu em nosso país e em toda a América Latina. A cirurgia esteve sob o comando do cirurgião cardíaco Robinson Poffo e teve o acompanhamento de cirurgiões norte-americanos. O sistema Robótico chamava-se Da Vinci e já havia sido utilizado em cirurgias de próstata. A paciente tinha 35 anos e sofria de comunicação interatrial, o procedimento durou aproximadamente seis horas.

Segundo José Carlos Teixeira Junior - gerente médico executivo do Programa de Cirurgia do hospital: "É uma cirurgia muito mais precisa. O cirurgião fica no console para manipular os "braços" do robô e tem uma visão em 3D. O equipamento filtra possíveis tremores das mãos do médico e o movimento das pinças é articulado, como o movimento das mãos. Na cirurgia minimamente invasiva tradicional, a pinça é rígida e não permite muitos movimentos". O Dr. Poffo também fez suas declarações e afirmou que a cirurgia robótica é bem mais cômoda e apresenta riscos mínimos se comparada às cirurgias tradicionais. Com ela, o paciente recebe apenas algumas incisões para que os instrumentos cirúrgicos possam entrar e evitam grandes cortes, cicatrizações demoradas, diminui sangramentos e infecções, além de possibilitar uma rápida reabilitação e menos tempo de internação.

Os responsáveis pela área não poupam elogios ao falar desta tecnologia, entretanto, é preciso ressaltar que o procedimento não pode ser utilizado em qualquer paciente. De acordo com Poffo a pessoa "Não pode ter nenhuma anormalidade na caixa torácica e também tem que ter uma boa circulação periférica". A cirurgia cardíaca por robô também não é utilizado em todos os casos. A ponte de safena, que é mais complexa, é realizada em apenas alguns casos mais específicos. Os médicos indicam atualmente esta cirurgia em situações que envolvam tratamentos em válvulas cardíacas, algumas cardiopatias congênitas e correção da fibrilação atrial.

O sistema robótico é uma inovação no Brasil, entretanto já é uma realidade nos Estados Unidos. Apesar do alto custo – cerca de cinco milhões – existe uma grande expectativa entre os profissionais de saúde. Eles esperam que faça parte do cotidiano brasileiro e que abra portas para novas perspectivas. Ainda assim há quem suspeite desta proposta dita tão inovadora. O cirurgião cardíaco Marcelo Jatene, por exemplo, sugere que há um equívoco em afirmar que a técnica traz benefícios reais e superiores aos da cirurgia convencional. Segundo o médico a proposta "É inovadora e muito bem-vinda. Mas a sequência de casos ainda é pequena” e os custos são altíssimos, afirma.

Talvez esta seja mesmo uma boa questão a se pensar: os procedimentos robóticos são realmente melhores que os tradicionais? São mais seguros? E você, o que pensa sobre isto? Vote na enquete abaixo e dê sua opinião.
 
Fonte: apatrulhadalama.blogspot.com.br 

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