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Fundação Gates

Criada por Bill Gates - fundador e ex-presidente da Microsoft - e a sua mulher, Melinda Gates, a Fundação Bill e Melinda Gates (em inglês Bill & Melinda Gates Foundation) é a maior fundação de caridade do mundo. Trata-se de uma organização sem fins lucrativos e seus fundos proveem de doações de privados, sendo as principais da parte de Bill e Melinda Gates e de Warren Buffet. A fundação tem como objetivo principal a luta contra a pobreza e a melhoria das condições de vida, essencialmente na saúde. A instituição foi criada em Janeiro de 2000 e tem a sua sede em SeattleWashingtonEUA onde pretende promover a melhoria educacional e a acessibilidade à tecnologia. Esta gere cerca de US$ 38 bilhões e é dirigida por William H. Gates, pai de Bill Gates, e por Patty Stonesifer.
Fonte: Folha de São Paulo

 
Vejam a seguir um artigo muito interessante referente a boas atuações que profissionais da saúde devem seguir para proporcionar uma boa relação entre a ética e o profissionalismo:

Ética entre médico e indústria beneficia paciente

Sobre o autor
Sandra Franco e Thaís Lacerda

Sandra Franco é consultora jurídica especializada em Direito Médico e da Saúde, membro efetivo da Comissão de Direito da Saúde e Responsabilidade Médico Hospitalar da OAB/SP e Presidente da Academia Brasileira de Direito Médico e da Saúde. Thaís Lacerda é advogada da SFranco Consultoria Jurídica, especializada em Direito Médico e da Saúde.

“Indubitável que o investimento das indústrias farmacêuticas resulta em avanços tecnológicos para benefício da sociedade. Da mesma forma, não resta dúvida de que a relação entre a indústria e os médicos provoca conflitos éticos quase insolúveis. Como tentativa de trazer maior transparência e menos desconfiança entre os envolvidos, um protocolo foi firmado entre Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) e estabelece regras para a disseminação de medicamentos e correlatos sem interferir na independência técnico-científica entre as classes, respeitando-se padrões éticos.

Alguns pontos polêmicos, sobre os quais se firmaram as diretrizes, estão relacionados ao patrocínio pela indústria de congressos médicos, realização de simpósios pelas indústrias dentro dos congressos, distribuição de brindes e presentes e visitação médica. Por este novo protocolo, médicos serão convidados para eventos realizados pelas indústrias farmacêuticas, através de critérios objetivos previamente estabelecidos, considerando-se inadequado o critério comercial. Fixaram-se patamares financeiros para brindes e/ou presentes a serem ofertados aos médicos, os quais deverão ter valor meramente simbólico. Pretendeu-se restringir patrocínios de viagens somente ao próprio profissional participante e não para acompanhante.

Uma corrente entre os médicos deixa claro haver certo desconforto quanto a essa iniciativa do CFM. Isto porque o protocolo pode soar inócuo, até hipócrita, quando se considera, por exemplo, que um estudo clássico de 2000 no "Jama" (periódico da Associação Médica Americana) concluiu que a distribuição de brindes, amostras grátis e subvenções para viagens têm efeito sobre as atitudes dos médicos. Pagar uma viagem para um médico aumentaria entre 4,5 e 10 vezes a probabilidade de receitar as drogas da patrocinadora. Neste aspecto, não importariam as restrições delineadas no acordo. Há evidências, por meio de pesquisas, de que o médico pode ser influenciado por outras formas, na prescrição de determinado medicamento, em detrimento da evidência científica, a qual deveria ser o fator mais importante na escolha do medicamento. Ademais, o Código de Ética Médica, no artigo 69, veda ao médico: “obter vantagem pelo encaminhamento de procedimentos, pela comercialização de medicamentos, órteses, próteses ou implantes de qualquer natureza, cuja compra decorra de influência direta em virtude de sua atividade profissional”.

Desde 2000, há resolução do CFM (nº 1595) no sentido de que os médicos, ao proferirem palestras ou escrever artigos divulgando ou promovendo produtos farmacêuticos ou equipamentos para uso na medicina, devem declarar quem patrocina suas pesquisas e/ou apresentações. Outra norma do CFM neste sentido é a resolução nº 1.939/2010, que proíbe a participação do médico em promoções relacionadas com o fornecimento de cupons, cartões de descontos para a aquisição de medicamentos, em razão da existência de conflito de interesses – neste caso, o paciente saiu perdendo. E também é vedado ao médico, segundo o artigo 104 do Código de Ética: “Deixar de manter independência profissional e científica em relação a financiadores de pesquisa médica, satisfazendo interesse comercial ou obtendo vantagens pessoais”. Ou seja, normas e diretrizes existem, mas não cumpridas. Essa indisciplina pode levar o médico a responder a um processo ético-disciplinar e ser punido. Todavia, parece que a outra parte, a indústria farmacêutica, não estava a observar tais preceitos éticos e, para esta, inexiste qualquer punição. Vale a lembrança de que o protocolo não tem força legal. É uma iniciativa de cooperação entre os lados envolvidos, inclusive seguindo padrões internacionais. Anunciou-se recentemente que a indústria farmacêutica mundial obrigou-se a rever seu código de boas práticas, numa tentativa de acabar com o suborno a médicos, especialmente em mercados emergentes. De acordo com a IFPMA - Federação Internacional de Fabricantes e Associações Farmacêuticas, na sigla em inglês -, o objetivo da mudança foi ampliar o código para garantir "padrões éticos e profissionais". A Johnson&Johnson, por exemplo, teve de pagar US$ 78 milhões a autoridades britânicas e dos EUA em abril de 2011, após a denúncia de pagamentos a médicos na Grécia, Polônia e Romênia. Lamenta-se que ainda se gaste mais com marketing e ações propagandistas do que com pesquisas. E também que haja casos noticiados de subornos e corrupção na relação médico e indústria. Assim, o assunto não está encerrado e muito ainda se falará sobre o tema, no Brasil e no mundo. A simbiose continua: os médicos precisam da tecnologia possibilitada pelas indústrias farmacêuticas e os pacientes agradecem pelo subsídio constante à pesquisa e a novas descobertas. Essencial, porém, é manter a imparcialidade e ser crítico quanto ao fármaco ou equipamentos utilizados, afinal o médico deve zelar por seu paciente, a qualquer preço.”

Artigo disponível em: http://comunidadefarmciabrasileira.blogspot.com.br/2012/03/etica-entre-medico-e-industria.html


Veja como funcionam alguns dos serviços de saúde mais importantes do país. É importante conhecer e saber o que acontece entre os órgãos responsáveis pela nossa saúde:

SISC&T - Sistema de Informações de Ciência e Tecnologia em Saúde

O SISC&T é o sistema de informações do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde. O SISC&T gerencia o Programa Pesquisa para o SUS, o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS, o Prêmio Nacional de Incentivo à Promoção de Uso Racional de Medicamentos, o Banco de Consultores e o Pesquisa Saúde.
  
Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS

Desde 2002, o Ministério da Saúde premia a comunidade científica por meio do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A iniciativa é mais uma das ações do ministério que busca valorizar os pesquisadores e suas pesquisas, indispensáveis para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no país.

Os candidatos podem concorrer em cinco diferentes categorias: tese de doutorado (com premiação no valor de R$ 15 mil); dissertação de mestrado (R$ 10 mil); trabalho científico publicado (R$ 10 mil); monografia de especialização ou residência (R$ 5 mil) e acesso ao SUS (R$ 15 mil).

Em 2011, o prêmio comemora 10 anos. Como novidade, foi criada nesta edição a categoria acesso ao SUS. O objetivo é reconhecer trabalhos que apresentem avaliações e indicadores sobre o acesso, acolhimento e atendimento da população, visando à promoção da saúde e prevenção de doenças. O acesso aos serviços de saúde em caráter universal é um dos princípios da Constituição Brasileira, por isso a relevância do tema para a produção de conhecimento por meio da pesquisa.

PPSUS: Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde
  
PESQUISA E SAÚDE PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA

Modalidade de fomento com característica de gestão compartilhada, o PPSUS promove a integração de instâncias estaduais de saúde e de ciência e tecnologia, ampliando o desenvolvimento científico e tecnológico em saúde. Os recursos do programa são repassados às fundações de amparo à pesquisa (FAPs) e instâncias estaduais de fomento à pesquisa que, em parceria com as respectivas secretarias estaduais de saúde (SES), publicam editais.

Para seleção de projetos relevantes para o Sistema Único de Saúde, são publicados editais em consonância com as Oficinas de Prioridades realizadas nos estados. Essas oficinas, que buscam atender a demandas em saude e fomentar pesquisas em sintonia com a necessidade da população em cada região, utilizam instrumentos como a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde e a Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde.

Iniciativa do Ministério da Saúde, por intermédio do Departamento de Ciência e Tecnologia, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, o PPSUS representa o fomento descentralizado à pesquisa. Como resultado, desde 2004, o programa vem contribuindo para o aperfeiçoamento de práticas de atenção à saúde e de gestão do SUS.

Artigos disponíveis em: www.portal.saude.gov.br

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